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WTF: para um princípio da normalidade, Vol. I e II

a partir de Michel Foucault

 

O mesmo espaço de simulacro. O actor W e o actor T.

Sozinhos, num confronto directo mano-a-mano. Regras definidas por cada um, para cada um.

Como diria F “para fixar o lugar — ou talvez o teatro muito provisório”. Suponhamos desta forma: Então e se… “tu me encenasses a mim e eu a ti? Só nós os dois. Textos diferentes. Em dois Volumes. Com convidados que nos substituam?”

Eis a hipótese que gostaríamos de apresentar: o discurso, à vez – organizado e seleccionado por procedimentos – para esquivar à normalidade, os seus princípios.

Ficha Técnica

Criação Tiago Bôto e Wagner Borges
Interpretação Fábio Nóbrega Vaz, Jonas Guerreiro, Lara Matos, Tiago Bôto e Wagner Borges
Consultoria Dramatúrgica Maria Inês Marques
Consultoria de Psicologia Clínica Mafalda Sampaio
Consultoria de Imagem Jonas Guerreiro
Operação Técnica Filipe Pureza e Joana Pessoa
Fotografia Alípio Padilha
Produção Tiago Bôto & Wagner Borges

WTF: for a principle of normality, VOLUME I and II

based on Michel Foucault

The same simulacrum set. The actor W and the actor T.

Alone in a one to one confrontation. Defined rules by each one, for each one. Like F would say: “to fix the place – or maybe the temporary theater”. Suppose this way: What if… “you directed me and I directed you? Just the two of us. With guests to replace us?” Different texts. In two Volumes. Here’s the hypothesis we would like to present: the discourse, one at a time – organized and selected by procedures – to dodged to normality, its principles.

Credits

Creation Tiago Bôto and Wagner Borges
Interpretation Fábio Nóbrega Vaz, Jonas Guerreiro, Lara Matos, Tiago Bôto and Wagner Borges
Dramaturgic Consulting Maria Inês Marques
Clinical Psychology Consulting Mafalda Sampaio
Image Consulting Jonas Guerreiro
Technical Operation Filipe Pureza e Joana Pessoa
Promotional Photography Alípio Padilha
Production Tiago Bôto & Wagner Borges

 

 

IMPRENSA

Time Out

Trailer do Espectáculo

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Teaser do Espectáculo

Teaser of the Show

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Teaser do Espectáculo

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“Gosto da forma como assumem a construção do espectáculo, a sua dramaturgia (o Tiago é também criador de textos teatrais). Senti que tem ali os temas, a loucura da normalidade e o fim da idade da razão, que constituem neste momento o ponto nevrálgico da minha relação com o mundo. Quando percebi que eram só três dias - já que falamos tanto em violência, esta é uma das mais cruéis a que está sujeito algum trabalho de criação teatral que é mais desenquadrado, menos nacionalizável, municipalizável, institucionalizável, no entanto não menos nosso por isso - fiquei triste. No entanto ontem percebi que a sessão de domingo era às 21h30 e lá consegui ir. Tudo acaba bem quando começa diante de um espectáculo de teatro. E que fabuloso espectáculo. Os actores, todos eles, estão perfeitamente ajustados à sua missão comum. Quatro homens e uma mulher, um enterro, um funeral, um velório, a morte da razão, a morte da ideia de homem, a morte da ideia da ideia, a forma como a ideologia se tornou uma mediação total entre nós e aquilo a que, cada vez mais a custo, vimos chamando realidade. A utilização da voz, do microfone, como espaço de púlpito para a encenação de cada um. Sem serem citados, e ainda bem, anda por ali muito do pensamento ocidental, reconhecemos alguns filósofos e pensadores com quem eles dialogaram e a partir do qual constroem os seus próprios enunciados, a sua própria voz. Enunciação. O texto é incisivo, perturbador, mas também o dispositivo criado, a sala do velório. Os actores são, na heterogeneidade dos seus discursos, atitudes, gestualidades, uma equipa com uma coesão dramatúrgica que impressiona. Cheia de silêncios, de obscuridades, a representação encontra o modo e o lugar ajustado à intensidade do discurso, intensidade que tanto pode vir de um quase overacting de um personagem (neste caso defendido pelo Wagner Borges) que o leva a sair da pequena sala, como de um solo quase-íntimo de um personagem sobre os limites da sua relação com o seu corpo " todos os dias acordo com a minha dor", da sua impossibilidade de falar de si, de ter consciência de si, senão daquela circunstância de estar preso no aqui e no agora (pelo Tiago Bôto). E há também esta relação entre o movimento colectivo e os quase-solos (de Lara Matos, que fabulosa atriz na delicadeza, na intensidade, na presença, de Jonas Guerreiro e de Fábio Nóbrega Vaz). Os figurinos e o espaço cénico reforça toda a dramaturgia. Há também, de forma subtil, a presença de uma relação in-out, através da utilização da sala contigua à sala de espectáculos. Obrigado a todos.”

Joaquim Paulo Nogueira, Dramaturgo e Encenador.

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