2014 […]
Percursos distintos, até então.
Cruzamento de questões. Definimos uma necessidade. Naturalmente agimos, face à hipótese. Sobre influências e prioridades.
A procura de um pensamento, mutável, transformável, não-estanque. Essa é uma certeza. E o corpo, sempre o corpo. Com precisão.
Tecê-lo perante a dificuldade. Concordamos em não facilitar, não é fofo. Nem bonitinho, para se emoldurar.
Como o lugar onde todas as suas acepções se manifestam na dinâmica de uma narrativa cénica.
Não magoa, contudo. É falso. Muito. Estamos a representar.
Uma outra certeza.
Mas o confronto, esse, existe.
Assumimos o risco.
Não é um trabalho de museu desejável.
É uma massa 3D que aprofunda e adensa, que transborda de um beat controlado e que não dá descanso a quem vê, um tabuleiro cénico que estende a mão ao espectador, para que este esteja atento, permitindo a abertura de fissuras na dinâmica de pensamento e acção, virando o jogo, travando ou acelerando-o, parando ou suspendendo-o.
Mas a respiração não pára. Na procura de entender a desumanização, num contexto socio-político, recuperando autores não-teatrais, recuperando uma consciência filosófica, uma multiplicidade de leituras, que permitam aumentar a percepção caleidoscópica de uma dramaturgia.
Existe uma crueza, uma fuga ao sentimentalismo, com uma consciência que não se mantém apenas à superfície.
Sem incumbências sociais. Mas não nos afastamos da necessidade de estarmos atentos ao que nos rodeia, de onde extraimos matéria.
Alinhamos a acção performática à urgência em fazer, é verdade.
É uma escolha. A suavidade de uma identidade, que alastra.
Cada vez mais hipóteses, assim sendo.
Que nos levam a outra hipótese, e a outra hipótese e a tantas outras, assumindo o risco de pensar uma, de rigorosamente tentar pensar noutra.
Distinct paths, until then, Intersection of questions. The definition of a necessity. Facing the hypothesis, naturally we acted. About influences and priorities.The search for a changeable thought, convertible, non-hermetic.That is a certainty. And the body, always the body. With precision.
Weave it before the difficulty. We agree to not make it easy, it´s not fluffy. Not even cute, not even to frame in.
As the place where all its meanings are manifested in the dynamics of a scenic narrative.
It does not hurt, however. It's fake. A lot. We are performing.
Another certainty.
But the confrontation does exist.
We assume the risk.
It´s not a desirable museum work.
It´s a 3D mass that deepens and thickens, overflowing from a controlled beat that does not give rest to whom is watching, a scenic board that reaches its hand to the spectator, for him to be focused, allowing the opening of cracks in the dynamics of thought and action, turning the game, holding or accelerating it, stopping or suspending it.
But the breathing does not stop. In the search to understand the dehumanization, in a social-political context, recovering non-theatrical playwrights and a philosophical consciousness to allow a multiplicity of meanings that increases the kaleidoscope perception of a point of view. There is a rawness; an escape to sentimentalism, with a consciousness that does not remains only on the surface.
Without social incumbencies. But we do not remove ourselves from the need to be aware of what is surrounding us, from which we extract material.
We align the performative action to the urge of doing, It´s a fact.
It´s a choice. The gentleness of an identity, that spreads.
There for, we have more and more hypothesis.
Which take us to another hypothesis and to another, and to so many others, assuming the risk of thinking just one, of rigorously trying to think of another.
Colaborações | Collaborations:
Adriano Baía Nazareth, Adriano Filipe,, Alexandre Costa, Alípio Padilha, Ana Direito, Ana Palma, António Fernandes, António Júlio, António Pedro, António Sabino, Artur Plácido, Bárbara Barradas, Bruno Huca, Bruno Schiappa, Carla Leal, Carla Pereira, Carlota Lagido, Céu Tavares Pinto, Cláudia Galhós, Cristina Correia, Cucha Carvalheiro, Custódia Gallego, Dina Realinho, Diogo Manso, Eduardo Lopes, Eduardo Mesquita, Elmano Sancho, Élvio Camacho, Érica Rodrigues, Fábio Nóbrega Vaz, Fábio Pinto, Felipe Pureza, Fernando Costa, Fernando Pinto Amaral, Filipa Leão, Francesco Mangiacasale, Inês Lago, Isabel Velho Ferreira, Isac Graça, Ivan Colarić, Joana Pessoa, João Covas, João de Brito, Jonas Guerreiro, Jorge Peres, Jorge Vieira, Josefa Lopes Dorropio, Lara Matos, Larisa Tovmasyan, Leonardo Silva, Leonor Cabral, Mafalda Abreu, Mafalda Sampaio, Maria de Lurdes Dorropio, Maria do Mar, Maria Inês Marques, Maria João Vicente, Maria Lolita Sousa, Mariana Dias, Marília Maia e Moura, Mia Farr, Nuno Margarido Lopes, Nuno Nolasco, Nuno Pinheiro, Patrícia Faria, Paula Cunha, Paula Pinto, Paulo Castro, Pedro Capelão, Pedro Gonçalves, Pedro Silva, Pedro Soares, Raquel Sousa, Raquel Viegas, Ricardo Campos Guerreiro, Rita Cabaça, Rodrigo Bôto, Rosana Lugojan, Rui Neto, Sandra Fernandes, São José Correia, Sara Carinhas, Sofia Assunção, Sophie Pinto, Susana Gomes, Teresa Borges, Vanda Cerejo e Vitorino Coragem.
E | And
A Conservadora do Bairro - Associação Cultural; ACE (Academia Contemporânea do Espectáculo) - Palácio do Bolhão; Câmara Municipal do Funchal; Câmara Municipal de Setúbal; Comuna – Teatro de Pesquisa; Escola «o Botãozinho»; Escola de Mulheres - Oficina de Teatro; Teatro Estúdio de Setúbal - Fontenova; Fórum Municipal Luísa Todi; Junta de Freguesia da Penha da França; Teatro da Garagem - Teatro Taborda; Teatro da Trindade; Teatro Praga - Rua das Gaivotas 6; RTP e Teatro Feiticeiro do Norte - Balcão Cristal.